Posted by : Unknown 26 abril 2014




    Mércurio é o menor e o mais interno planeta do Sistema solar, demorando 87,969 dias terrestres a completar uma volta em torno do Sol. A órbita de Mercúrio tem a maior excentricidade e a menor inclinação axial de todo o sistema solar, completando três rotações sobre seu eixo a cada duas órbitas.
    A sua aparência é brilhante quando observado da Terra. Uma vez que Mercúrio normalmente se perde no intenso brilho solar, excepto em eclipses solares, só pode ser observado a olho nu durante a manhã ou crepúsculo vespertino.
   Comparado com outros planetas, pouco se sabe a respeito de Mercúrio, pois os telescópios em solo terrestre revelam apenas uma crescente iluminada com detalhes limitados. As duas primeiras naves espaciais a explorar o planeta foram a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a Messenger, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008. Um sobrevoo final está agendado para 2011, e irá avaliar e cartografar todo o planeta.

   A superfície do planeta é bem similar à aparência da Lua (satélite natural da Terra), com extensos maresplanos e grandes crateras, indicando que a actividade geológica está inativa há bilhões de anos, tem quase o mesmo tamanho da Lua, só é um pouco maior que ela.
    Uma vez que o conhecimento obtido da geologia de Mercúrio está baseado nas observações da sonda Mariner em 1975 e de observações terrestres, é o planeta telúrico menos compreendido. Com os dados recém-processados da missão Messenger este conhecimento aumentará. Por exemplo, a cratera incomum com calhas radiantes foi descoberta a qual os cientistas batizaram de "A aranha".
   Albedos referem-se às áreas de refletividade diferentes, como visto por observação telescópica. Mecúrio possui Dorsas (também chamadas de "cristas enrugadas"), terras altas, Montes (montanhas),planícies ou planos, Escarpas e Vallis (Vales).

   Mercúrio foi intensamente bombardeado por cometas e asteroides durante um período breve após a sua formação à 4,6 biliões de anos atrás, como também durante uma possível separação subsequente denominada "Intenso bombardeio tardio" que ocorreu há aproximadamente 3,8 biliões de anos. Durante esse período de intensa formação de crateras, o planeta recebeu impactos sobre toda a sua superfície, facilitado pela ausência de qualquer atmosfera que diminuísse os impactos dos mesmos. Durante esse período o planeta teve actividade vulcânica, e bacias como a Caloris eram preenchidas por magma do interior planetário, que produziram planícies suaves similares aos mares lunares.
    Dados de outubro de 2008 do sobrevoo da Messenger forneceram aos pesquisadores uma maior avaliação da natureza confusa da superfície mercuriana. A sua superfície é mais heterogênea que a marciana ou a lunar.
    As crateras de impacto em Mercúrio variam de um diâmetro menor que uma cavidade de uma bola a multi-anéis em bacias de impacto com centenas de quilómetros de tamanho. Elas aparecem em todos os estados de degradação, de relativamente novas a altamente degradadas crateras remanescentes. Crateras mercurianas diferem subtilmente das lunares em função da ação de uma força gravitacional mais forte.
   A maior cratera conhecida é a Bacia Caloris, que possui um diâmetro de 1550 km. O impacto que criou a bacia Caloris foi tão forte que causou erupções de lava e deixou um anel concêntrico com mais de 2 km de altura em volta do local do impacto. Na antípoda da bacia Caloris existe uma grande região conhecida como "Terreno Esquisito". Uma das hipóteses de sua origem seria que as ondas de impacto geradas durante o impacto na bacia Caloris viajaram em torno do planeta, convergindo na antípoda da bacia. O resultado foi uma superfície altamente fracturada.
   Por toda a parte, aproximadamente 15 bacias de impacto foram identificadas em imagens de Mercúrio. Uma bacia notável é a Bacia Tolstoj com 400 km de tamanho e multi-anéis que teve material ejetado cobrindo uma extensão de mais de 500 km da sua borda e um piso que foi preenchido por materiais de planícies suaves. A bacia Beethoven tem um tamanho similar de material ejectado e uma borda de 625 km de diâmetro. Assim como a Lua, a superfície de Mercúrio tem sofrido os efeitos de processos de erosão espacial, incluindo o vento solar e impactos de micrometeoritos.
   Existem duas regiões planas geologicamente distintas em Mercúrio. Suavemente onduladas, planícies montanhosas, nas regiões entre as crateras de Mercúrio são as mais antigas superfícies visíveis, anteriores aos terrenos com muitas crateras. Estes planos inter-crateras são distribuídos uniformemente por toda a superfície do planeta e parecem ter obliterado muitas crateras anteriores, e mostram uma escassez geral de crateras menores de 30 km de diâmetro. Ainda não está claro se estas são de origem vulcânica ou originadas por impactos.
   Planícies suaves são áreas achatadas espalhadas que preenchem depressões de varios tamanhos e têm uma forte semelhança com os mares lunares. Notavelmente, elas preenchem um largo anel em torno da bacia Caloris. Ao contrário dos mares lunares, as planícies suaves de Mercúrio têm o mesmo albedo que as mais antigas inter-crateras. Apesar da ausência de características vulcânicas, a localização e formato redondo destas planícies suportam fortemente sua origem vulcânica. Todas estas planícies suaves foram formadas significantemente depois da bacia Caloris, como evidenciado pelas menor densidade de crateras onde houve libertação de material de Caloris. O piso da bacia Caloris é preenchido por uma planície geologicamente distinta, quebrados por rugas e fraturas cum padrão aproximadamente poligonal. Não está claro se são lavas vulcânicas induzidas pelo impacto, ou um grande lençol derretido pelo impacto.
   Uma característica típica da superfície do planeta são as numerosas dobras de compressão, ou Rupes, que cruzam as planícies. À medida que o interior do planeta arrefeceu, pode-se ter contraído e sua superfície começou a deformar criando estas formações. As dobras podem ser vistas no topo de outras características, tais como crateras e planícies, indicando que as dobras são mais recentes. A superfície planetária sofre um significativo efeito de marés provocado pelo Sol que é 17 vezes mais forte que o efeito da Lua sobre a Terra.

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